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Novo disco já na rua:

DEAD COMBO | Discurso Direto


Chega hoje às lojas “Lisboa Mulata”, o novo disco de Tó Trips e Pedro Gonçalves. O Portugal Rebelde esteve à conversa com Tó Trips, que em "Discurso Direto" fala dos  Dead Combo de volta às músicas sem muitos arranjos, directos à alma e, neste caso, com o volume no máximo para acordar os vizinhos!

Portugal Rebelde - Ao 4º disco de originais os Dead Combo tocam uma Lisboa Mestiça, Popular, que dança, ora Morna ora Viva! Que Lisboa é esta?

Tó Trips - Esta é uma Lisboa que sempre existiu, uma Lisboa dos Descobrimentos. Lisboa é uma cidade multicultural com raízes em África, um continente que os Dead Combo ainda não tinham explorado a nível musical. Como eu e o Pedro gostamos de música africana, achamos por bem esta incursão por esta sonoridade.
PR - Neste novo trabalho temos os Dead Combo de volta às músicas sem muitos arranjos, directos à alma. Concordas?
Tó Trips - É verdade. Eu e o Pedro tinhamos pensado, como já tinhamos tocado com uma orquestra e o último disco "Lusitânia Playboys" era um álbum com muitos arranjos, um pouco "barroco", decidimos voltar um pouco como se fosse ao primeiro disco, um registo mais cru, mais simples...só nós os dois, voltar às raízes. A capa do disco reflete um pouco isso.
PR - “Lisboa Mulata” conta com a participação de Marc Ribot, Camané e Sérgio Godinho. Queres falar-nos um pouco da participação destes convidados?
Tó Trips - O Marc Ribot é um sonho antigo. Já tinhamos pensado nele para participar em discos anteriores. O camané e o Sérgio Godinho, foram convites que partiram do Pedro. Havia um tema que precisava de uma voz...o Sérgio Godinho escreveu a letra e o Camané aparece neste disco num registo sussurado, uma espécie de "spoken Word".
PR - Numa frase apenas como caracterizarias esta “Lisboa Mulata”?
Tó Trips - É um álbum mais cru não tão negro, é um disco mais vivo, mais "africano".
PR - “Lisboa Mulata, foi o primeiro avanço deste novo trabalho. É este o tema que melhor define o espírito do álbum?
Tó Trips -  Penso que sim. Há no entanto um tema que eu gosto bastante, a "Morninha do Inferno", que mistura muito bem aquilo que é português e africano.
PR - Que expectativas têm os Dead Combo em relação à aceitação do público por este 4º registo?
Tó Trips - Espero que as pessoas gostem, embora quando se faz um disco, a primeira cndição é nós gostarmos, ficarmos satisfeitos com o resultado final. Não vivemos com ansiedade de as pessoas gostarem ou não.
 
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