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http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt

Os livros da Biblioteca Particular de Fernando Pessoa já estão disponíveis gratuitamente online no site da Casa Fernando Pessoa.
Até agora, só uma visita à Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, permitia consultar este acervo que é "riquíssimo", mas com o site, bilingue (português e inglês, e disponível em (http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt ) em
qualquer lugar do mundo,com uma ligação à Internet é possível consultar,página a página, os cerca de 1140 volumes da biblioteca, mais as anotações - incluindo poemas - que Fernando Pessoa foi fazendo nas páginas dos livros.

CINEMA EM DEZEMBRO NO ARTE&FACTO

“Viagem ao principio do mundo” de Manuel de Oliveira



Poster de «Viagem ao Princípio do Mundo»

Sinopse

Um realizador português contrata um actor francês para um filme que vai ser uma co-produção franco-portuguesa. O pai do actor francês, falecido muito jovem, era de origem portuguesa, embora a sua mãe fosse francesa . Durante a rodagem, o actor começa a pensar no seu falecido pai e decide visitar a vila onde ele tinha nascido, na esperança de encontrar a tia ainda viva. O realizador e outros dois actores sugerem acompanhá-lo na viagem, servindo de intérpretes, já que ele não fala português. Durante o caminho, o realizador (Manoel) começa a lembrar-se da sua infância nesta zona de Portugal. É então que menciona uma personagem chamada Pedro Macao, cuja estátua é descoberta junto à berma da estrada e que parece encarnar o destino dos homens na terra: um destino complicado e solitário.Quando chegam à vila, a tia do actor francês parece fria e desconfiada. Está cautelosa quanto a este seu sobrinho há muito desaparecido que nem sequer fala a mesma língua que ela. Também não aceita a presença do realizador nem a dos dois intérpretes que substitui pela sua nora. A tia é tão taciturna que, de forma irritada, o actor francês acaba por puxar as mangas para cima apontando para as veias para lhe explicar que são os dois do mesmo sangue. É nesta altura que Ema - a velha tia - começa a amolecer e os dois tentam lembrar-se o mais possível do pai do actor francês. Discutem também as dificuldades da vida na aldeia e as mudanças avassaladoras que a modernidade tem trazido. Por fim, o sobrinho diz-lhe que gostaria de visitar a campa do seu avô no cemitério local.

ARTE&FACTO

Calle Pie de la Cruz nº 8
Valencia

Filmes portugueses em Novembro no Arte&Facto

MARTES 23
20:00H
FALAS PORTUGUÊS? PELICULA "UMA ABELHA NA CHUVA"
Uma Abelha na Chuva (1971) é um filme português de Fernando Lopes, adaptação do romance homónimo do escritor neo-realista Carlos de Oliveira.
Retrato social típico de um país isolado e pobre, vítima de uma ideologia totalitária. «Um universo rural imobilista e opressivo, quebrado por ausências, desencontros ou silêncios, incidindo sobre um casal – Maria dos Prazeres, Álvaro Silvestre. Relação conjugal de compromisso, que é estilhaçada pelo conflito latente das paixões, fraquezas e desejos recalcados.

MARTES 30
20:30H
FALAS PORTUGUÊS? PELICULA "UM ADEUS PORTUGUÊS"
Realizador: Joao Botelho
Uma história de guerra (África, 1973) e uma história de paz (Portugal, 1985). Em África, durante a guerra colonial, uma patrulha perde-se no mato e um furriel morre, na operação; doze anos depois, em Portugal, a família do furriel - viúva, pais, irmão - reúne-se, em paz.

ACTIVIDADES

Olá pessoal!

Este mês temos muitas actividades. Aqui vai a lista, só para recordar:

19 de Novembro: Concerto de Fados, António Zambujo, 19.30. C.C. Beneficiência, C/ Corona, Valência.

Sala Parpalló: C/ Alboraya: até 11 de Janeiro, exposição “Impressões e comentários: Fotografia contemporânea portuguesa".

28 de Novembro: Ida ao teatro, 18.30, ponto de encontro 18.00 na sala La Estrella do Cabanyal.
 Bonecos de Santo Aleixo, "Auto da Criação do Mundo". Obtemos preço de grupo se formos todos juntos. Por isso inscrevam-se quando forem às aulas de português.

Programação de Outubro: ARTE&FACTO - Valência.

Os filmes começam às 20:30h.
Dia 12

"Aparelho Voador a Baixa Altitude"
(2002 - 80m)


SINOPSE
ADAPTAÇÃO A PARTIR DO CONTO HOMÓNIMO DE J.G. BALLARD O MESMO AUTOR DE IMPÉRIO DO SOL E CRASH
Num futuro próximo, o mundo não é muito diferente do que é hoje, com uma excepção... Há muito poucas pessoas. E nenhuma criança. A raça humana está a caminho da extinção. Por alguma razão as mulheres já não engravidam. As poucas que o conseguem só geram seres mutantes que são imediatamente eliminados pelas autoridades. Judite Foster é fértil: já engravidou por seis vezes. De cada vez, os obrigatórios testes de gravidez mostram que se trata de um mutante e Judite foi forçada a abortar. Agora ela engravida novamente. E pensa - e se os complicados testes que fazem ao feto forem a causa das mutações? Ela e o seu marido, André, fogem da cidade para um hotel numa pequena e decadente estância balnear, na orla do continente, onde não há polícia e não há lei. Lá, Judite fica ao cuidado do enigmático Doutor Gould, que desaparece frequentemente no seu pequeno avião. Onde vai Gould? O que anda a fazer? Os temas do nascimento e da vida, da morte e do futuro misturam-se quando Judite finalmente dá à luz. Só agora Judite e André compreendem que é Gould que detém a chave da sua salvação. Só agora compreendem o significado dos vôos de Gould. A solução é absolutamente estranha e animadora. Um novo mundo está a nascer, e Judite e André têm um papel na sua criação.
Interpretação: Margarida Marinho, Miguel Guilherme, Rui Morrison, Rita Sá, Canto e Castro, Isabel de Castro
Realização: Solveig Nordlund
Argumento: Solveig Nordlund, Colin Tucker, Jeanne Waltz
Fotografia: Acácio de Almeida
Música: Johan Zachrisson
Produção: Filmes do Tejo, Maria João Mayer, François d'Artemare
Co-Produção: Torromfilm, RTP
Apoio financeiro: MC/ICAM, Svenska Filminstitutet
Tradutor: Storyline Audiovisuais Lda.

REALIZADOR
Solveig Nordlund

INTÉRPRETES
Margarida Marinho, Miguel Guilherme, Rui Morrison, Rita Sá, Canto e Castro, Isabel de Castro.

Dia 19

"O Fatalista" (2005 - 98m)
SINOPSE
VENEZA 2005
Selecção Oficial Em Competição
Festivais de Toronto, São Paulo, Sevilha
Filme inteligente e arrojado.
-Mário Jorge Torres, Público
Felicidade contagiante.
-João Mário Grilo, Visão

Aventuras divertidas, vinganças
sentimentais e anedotas surrealistas.

-El País

Tudo o que de bem ou de mal nos acontece "cá em baixo", está escrito "lá em cima". É a frase preferida de Tiago, motorista de condição, para justificar todas as suas surpreendentes acções, quando através de um estranho Portugal conduz o seu patrão na delirante e interminável história dos seus amores.

REALIZADOR
João Botelho

INTÉRPRETES
Rogério Samora, André Gomes, Rita Blanco, Suzana Borges, Patrícia Guerreiro, José Wallenstein, Teresa Madruga, Margarida Vila-Nova, Maria Emília Correia, Adriano Luz, João Baptista, Helena Laureano, Ana Bustorff, Laura Soveral, José Pinto, José Eduardo, Cláudia Teixeira, Miguel Monteiro, Rui Morrison, João Leitão, Carlos Costa, Adelaide de Sousa.

Dia 26

"A Outra Margem" (2007 - 106m)
SINOPSE
// FESTIVAL DOS FILMES DO MUNDO
MONTREAL 2007 //
// SELECÇÃO OFICIAL
Prémio Melhor Actor
(Filipe Duarte & Tomás Almeida) //

// FESTIVAL DE CINEMA
DE GUADALAJARA
Prémio Especial do Juri
Prémio Melhor Actriz
(Maria d'Aires) //

// NOMEAÇÕES
GLOBOS DE OURO SIC
Melhor Filme
Melhor Actor
(Filipe Duarte)
Melhor Actriz
(Maria D'Aires) //
Um Travesti que perdeu o gosto pela vida é confrontado com a alegria de viver de um Adolescente com síndrome de Down.

REALIZADOR
Luís Filipe Rocha

INTÉRPRETES
Filipe Duarte, Maria d'Aires, Tomás Almeida, Horácio Manuel, Sara Graça, Eduardo Silva, João Pedro Vaz, Pompeu José, Teresa Faria, João Tempera, Fernando Santos, Luís Viegas, André Branco, Francisco Brás, Paula Sabino, Gil Alves.

9 de Novembro: Jantar português - cozido à portuguesa.


ARTE&FACTO

Calle Pie de la Cruz nº 8
Valencia

Arte&facto: a conexão portuguesa em Valência.

Boa tarde amigos,

 Hoje teremos uma festa de comemoração do centenário da república: 5 de Outubro às 20.30h no arte&facto.

Espero que possam vir todos para conhecerem a comunidade portuguesa residente em Valencia. E se conhecem algum português, convidem-no!

Não se esqueçam que este evento está aberto a tod@s, podem convidar quem quiserem.
  

ARTE&FACTO

Calle Pie de la Cruz nº 8
Valencia

Centenário da República - 5 de Outubro de 1910


A 5 de Outubro de 2010 celebra-se o primeiro centenário da proclamação da República em Portugal.

A Implantação da República Portuguesa foi o resultado de um golpe de estado organizado pelo Partido Republicano Português que, no dia 5 de outubro de 1910, destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal.
A subjugação do país aos interesses coloniais britânicos, os gastos da família real, o poder da igreja, a instabilidade política e social, o sistema de alternância de dois partidos no poder (os progressistas e os regeneradores), a ditadura de João Franco, a aparente incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à modernidade — tudo contribuiu para um inexorável processo de erosão da monarquia portuguesa do qual os defensores da república, particularmente o Partido Republicano, souberam tirar o melhor proveito. Por contraponto, a república apresentava-se como a única capaz de devolver ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do progresso.
Após a relutância do exército em combater os cerca de dois mil soldados e marinheiros revoltosos entre 3 e 4 de outubro de 1910, a República foi proclamada às 9 horas da manhã do dia seguinte da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa. Após a revolução, um governo provisório chefiado por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação da Constituição de 1911 que deu início à Primeira República. Entre outras mudanças, com a implantação da república, foram substituídos os símbolos nacionais: o hino nacional e a bandeira.

Bernardo Soares, Livro do Desassossego

Assim expõe Fernando Pessoa a Gaspar Simões, em carta de 28 de Julho de 1932: "o B. S. não é um heterónimo, mas uma personalidade literária"

Em: Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português, Caminho.

Vauban, a cidade alemã sem carros

http://www.presseurop.eu/files/images/article/Vauban-Schoenen.jpg?1246374433

O bairro de Vauban, perto de Friburgo, na Alemanha.
Junho 30 2009, The Independent

A cidade de Vauban, na região sudoeste da Alemanha, quer construir uma comunidade modelo, da qual quer excluir uma das maiores aquisições da vida contemporânea – o automóvel. Este local, onde o cantar dos pássaros substituiu o barulho do trânsito e as crianças já podem brincar na rua, tem os seus defeitos. De acordo com Tony Paterson do The Independent, padece de “monoculturalismo de classe média”.

Os alemães deram ao mundo o Audi e a auto-estrada, mas eliminaram de Vauban tudo o que tivesse quatro rodas e um motor. Neste subúrbio da cidade universitária de Freiburg, canteiros de flores exuberantes substituem o que normalmente estaria estacionado à frente das aprumadas casas de classe média. Em vez do bulício do trânsito, os residentes ouvem o cantar dos passarinhos.

"Se quiser ter carro, tem de pagar cerca de 20 mil euros por um lugar", diz Andreas Delleske, um dos fundadores do projecto, "mas perto de 57 por cento dos residentes venderam o carro que tinham para usufruir do privilégio de viver aqui". Consequentemente, a maior parte dos residentes anda de bicicleta ou no “tram” que liga Vauban ao centro de Freiburg. Se quiserem um carro para ir de férias ou para fazer mudanças, alugam um ou entram num esquema de carro partilhado.

Como não há carros, os responsáveis pelo planeamento de Vauban prescindiram quase por completo das estradas. As ruas e os caminhos são todos empedrados ou cobertos de gravilha e os automóveis só têm autorização para passar quando vão descarregar bens essenciais. Viver sem carros é apenas o começo daquela que é considerada uma das experiências ecológicas mais bem sucedidas na Europa e encarada como um projecto para o futuro.

As elegantes casas de Vauban, cidade com 5300 habitantes, têm umas amplas varandas e umas enormes janelas de sacada que dão para uns pacatos jardins. A impressão geral é a de uma pessoa ter sido apanhada num anúncio da empresa IKEA. Mas se o aspecto do bairro é eminentemente classe média, há uma revolução ecológica a fervilhar no subsolo. Todas as janelas têm vidros triplos. O sistema de ventilação proporciona a todos os apartamentos um ar fresco permanente. A maioria das casas está equipada com painéis solares e motores cogeradores inteligentes, que funcionam a aparas de madeira para aquecimento e fornecimento de energia eléctrica. A maioria das casas de Vauban gera um excesso de energia eléctrica e vende a que não utiliza às companhias de distribuição e fornecimento de energia.

Delleske tem imenso orgulho no facto de a sua casa de 90 m2 ser aquecida por uns meros 114 euros ao ano. "Quase toda a gente paga isso pelo aquecimento de um mês", afirma. Prescindiu da canalização das sanitas, chuveiros e lavatórios: os resíduos são transformados em composto nas sanitas biológicas e a água do banho e da lavagem da louça é filtrada e utilizada no jardim.

Vauban começa a ser conhecida. Todos os dias chegam seis ou sete camionetas de excursionistas – que estacionam nos subúrbios. À entrada, são saudados pelo slogan: "Estamos a construir o nosso mundo". Mas as origens deste subúrbio distanciam-se de todo este idealismo. Tudo começou em 1937, ao servir de aquartelamento ao exército da Wehrmacht de Hitler. No final da II Guerra Mundial, foi ocupada pelo exército francês e recebeu o nome de Bairro Vauban. Após a reunificação alemã e a retirada dos franceses, o bairro foi entregue à cidade de Freiburg, em 1994.

Pouco depois, um grupo de pessoas, quase todas da classe média e com uma grande consciência ecológica, criou o Fórum Vauban e entrou em negociações com a autarquia local. Nessa medida, foi criada uma comissão para desenhar casas ecologicamente sustentáveis. A maior parte dos edifícios militares do período nazi foi deitada abaixo e a reconstrução do local contou com a participação de mais de 60 arquitectos.

O projecto faz-nos pensar na força do movimento ecologista alemão. A autarquia de Freiburg é liderada por uma coligação de vereadores conservadores e dos Verdes, com estes últimos a ocupar a maioria dos mandatos. Nas últimas europeias, os Verdes conseguiram cerca de 60 por cento dos votos em Vauban. Este bairro também contraria a reputação da Alemanha de ter uma das mais baixas taxas de natalidade do mundo: cerca de 30 por cento dos seus habitantes têm menos de 18 anos. Ute e Frank Lits mudaram-se há cinco anos. Os filhos, de seis e 10 anos, quando saem do T4 da família no valor de 250 mil euros ficam logo no meio de um jardim comunitário. "Queríamos comprar uma casa e os princípios ecológicos desta localidade agradaram-nos", referiu Ute Lits. "Mas a razão principal é Vauban ser perfeita para as crianças. Têm um tipo de liberdade que muito dificilmente se encontraria num normal apartamento de cidade."

Não há nada que atormente o admirável mundo novo de Vauban, a não ser o tipo de monoculturalismo de classe média. No exterior de um antigo edifício nazi, actualmente a funcionar como restaurante orgânico, onde se comem uns ravioli de ricotta e carne de avestruz, é difícil encontrar alguém, novo ou velho, que não seja europeu. Wolfgang Konradi, animador sociocultural, diz que os adolescentes do bairro se comportam como qualquer jovem daquela idade. "O problema maior são os pais que vivem na expectativa de os filhos serem cidadãos exemplares", lamenta. Ina, sua mulher, acrescenta: "Isto aqui é muito agradável, mas é um pouco como se vivêssemos numa campânula de vidro. Acho que não gostaria de viver aqui para sempre."
Tony Paterson

O Temporal na Madeira (Jornal "O Público")

O catedrático Lusitano dos Santos, especialista em planeamento e ordenamento do território, alertou hoje que será um erro reconstruir no mesmo sítio o que foi arrastado pelas enxurradas na Madeira, no sábado.

"Aquelas construções que foram arrastadas é evidente que é um erro voltar a construí-las no mesmo sítio, até porque se vamos construir novo, não vamos construir no mesmo sítio", declarou hoje à Lusa o urbanista responsável por vários Planos Directores Municipais (PDM) no país e que hoje profere a sua última aula na Universidade de Coimbra, após 35 anos de vida académica.

Lusitano dos Santos reconhece, no entanto, que "é muito difícil retirar as populações das suas raízes", pelo que defende que há que "encontrar sítios melhores, acima dos níveis máximos das linhas de cheia" para realojar os afectados pela intempérie.

"Agora, não vamos é retirar de lá as pessoas, tem que se arranjar sítios melhores, acima dos níveis máximos da cheia, embora nós nunca possamos prever nada, pode vir outra cheia ainda superior à que aconteceu", acrescentou.

Reconstruir as edificações "nos sítios errados é fácil, mas mau", advertiu o professor universitário, fundador de um instituto de estudos de ordenamento da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC).

"Temos de voltar a viver (ocupar o território) de acordo com as leis da natureza", disse, sublinhando que "uma regra elementar do urbanismo, dos anos 40, que nada tem a ver com leis, é a de que linhas de água não se ocupam com construção nem se enterram (entubam)".

Hoje, na sua última lição, Lusitano dos Santos aborda, em nove períodos, a evolução da legislação dos planos urbanísticos desde 1865 até à actualidade, focando os "resultados práticos" da aplicação das normas e a necessidade de "retirar lições para o futuro".

A primeira conclusão que o catedrático tira da análise de mais de um século de legislação é a de que "nenhuma lei é neutra" e "os seus resultados (práticos), que têm teoricamente como objectivo sempre o interesse público, muitas vezes não se traduzem nesse interesse público".

"Há os interesses privados que se sobrepõem a esses interesses públicos, muitas vezes estão camuflados na legislação" e uma questão que "ressalta desde sempre é a dos solos e proprietários dos terrenos", disse.

Uma das críticas do especialista é a "legislação dos planos cada vez mais complexa", com a primeira norma a conter 30 artigos e a mais recente cerca de 150.

"O urbanismo está mais encarado como uma questão regulamentar, jurídica, do que técnica. Os planos às vezes demoram dez anos e mais a ser aprovados, quando por vezes já as condições se modificaram. Essa complexidade traduz-se fundamentalmente por isso, pela dificuldade, morosidade em fazer os planos", concluiu.
As “Fallas” de Valência são festejos que remontam há três séculos, quando os carpinteiros valencianos queimavam os suportes de madeira que tinham servido para suspender os archotes com que se alumiavam nas noites de inverno.Conta a tradição que os aprendizes de carpinteiro vestiam, por vezes, esses suportes com velhas roupas, dando-lhes alguma semelhança com um ou outro vizinho, troçando dele deste modo.A tradição evoluiu e os toscos bonecos deram lugar a aperfeiçoadas esculturas. Hoje em dia, a construção de uma “falla” requer meios técnicos e humanos consideráveis, espalhados por bem equipados ateliers especializados, que fazem ao longo de todo o ano as figuras que não vão ter mais do que quatro dias de glória, antes de serem queimadas, à semelhança de alguns rituais que também existem em Portugal. A “falla” culmina com uma fogueira que reduz a cinza todas as esculturas, por entre uma girândola de fogo de artifício.

Carla Pires: Fado em Sagunto, 2010

Tipo: Música
Municipios: SAGUNT/SAGUNTO
Fecha Inicio: 06-02-2010
Fecha Fin: 07-02-2010
Web: Ayuntamiento de Sagunto

Sábado 6 de Fevereiro
CARLA PIRES
MÚSICA TRADICIONAL - FADO
A actriz e cantora Carla Pires é uma das vozes mais relevantes da nova geração
de cantoras portuguesas de fado. Na sua trajectória destaca-se a interpretação no papel de Amália Rodrigues no musical Amália. Actuou em Londres, Grécia, Japão,
Suécia, Itália, França e andou em digressão por Bélgica e Holanda.
Hora: 20.00 h
Lugar: Auditorio Joaquín Rodrigo. Plaza Cronista Chabret, 6-2ª
Preço: 10€

VENDA DE LOCALIDADES
Venda antecipada Servientrada: tel. 963995577 e 902115577.
De 2f a sábado de 8h a 23h. e domingo de 10 a 21h
Internet: www.bancajaticket.es
Bilheteira: Nos dias de espectáculo, uma hora antes da actuação.