Este blogue foi criado para alunos de Língua Portuguesa. Terá novidades, exercícios e curiosidades sobre o mundo lusófono. Os vossos comentários são bem-vindos!
“E mais que uma onda, mais que uma maré... Tentaram prendê-lo impor-lhe uma fé... Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade, vai quem já nada teme, vai o homem do leme...”
O Homem do Leme é uma canção portuguesa da banda Xutos e Pontapés, o grupo musical que marcou toda uma geração e que ressoa no coração cada vez que se ouve numa festa.
O humorista Ricardo Araújo Pereira comenta a polémica da retirada do mercado do bloque de atividades para meninos e meninas da Porto Editora. Veja o vídeo e expresse a sua opinião na sala de aula.
As férias estão aí, mas não se esqueçam de praticar português de uma forma descontraída, em qualquer lugar, em qualquer momento. Cliquem aqui para fazer exercícios de português. Podem comprovar as vossas respostas com as soluções fornecidas.
Bons banhos e até setembro!
No que respeita ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi lançado oficialmente no passado dia 12 de maio um instrumento fundamental para a regularização das dúvidas que possam surgir quanto à correta grafia. Atenção porque nem todos os dicionários estão completamente atualizados ao AO, por isso, esta ferramenta torna-se muito útil. Cliquem aqui.
Oficina sobre o ensino do português para os alunos que falam catalão e espanhol, da responsabilidade de Ángela Nieto, da EOI Barcelona, Drassanes. Obrigada pela agradável e estimulantepalestra.
Aquell
indret inexistent. L’espai primer. Als llindars dels temps. On la
matèria esdevingué matèria. Aquella substància alè, ulls, respiració de
pensament, el primer tacte, la primera arruga, superfície llisa, crosta
humida: aigua de memòria. Aquella primera mirada sobre el turó. Vora les
aigües mòbils. Les aigües que floten vora les pedres. Vora les terres,
les pregàries, les muralles aixecades i enderrocades. La saviesa daurada
que alça el vol al cim del tossal. El lament, quan es fa fosc, de la
guitarra, el buit del so i de la veu, les passes damunt l’empedrat cap
amunt, cap amunt, cap amunt. Els vents com ganivets pels carrerons, per
les ciutats de la ciutat: Æminium. Conímbriga. Coïmbra. Aquell espai
primordial.
Joan Navarro, “El plom de l’ham”, Edicions 62, 2014.
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ÆMINIUM // A João Rasteiro // Aquele lugar inexistente. O espaço
primeiro. Nos limiares dos tempos. Onde a matéria tornou-se matéria.
Aquela substância fôlego, olhos, respiração de pensamento, o primeiro
tato, a primeira ruga, superfície lisa, crosta húmida: água de memória.
Aquele primeiro olhar sobre o outeiro. Junto às águas móveis. As águas
que flutuam junto às pedras. Junto às terras, as preces, as muralhas
levantadas e derrubadas. A sabedoria dourada que levanta voo acima do
cerro. O lamento, quando se faz noite, da guitarra, o oco do som e da
voz, os passos sobre o empedrado para o alto, para o alto, para o alto.
Os ventos como facas pelas ruelas, pelas cidades da cidade: Æminium.
Conímbriga. Coimbra. Aquele espaço primordial.